A prevenção da obesidade infantil deve iniciar já na gestação, pois a relação do sujeito com o mundo já se incia neste período gestacional. E já que estamos falando da primeira Infância vale a pena esclarecer que esta etapa da vida corresponde desde a concepção do bebê até os seus seis anos de idade. É nessa etapa da vida que os alicerces das competências e habilidades emocionais e cognitivas futuras do adulto são estabelecidas.
A obesidade é considerada uma síndrome multifatorial na qual a genética, o metabolismo e o ambiente interagem, assumindo diferentes quadros clínicos, nas diversas realidades sócio-econômicas. Atualmente, é considerada uma condição de elevada prevalência, que suscita a atenção do clínico, do pesquisador, assim como dos que trabalham na área social e sanitária.
Os aspectos psicológicos das pessoas portadoras de obesidade foram objeto de estudo, no encontro Consensus Conference on Obesity (1985), tendo-se concluído que “A obesidade, em geral, pode gerar uma carga psicológica, em termos de sofrimento, esta carga pode ser o maior efeito adverso da obesidade”(Stunkard & Wadden, 1992, p. 524).
Como mostra a literatura, a obesidade está relacionada a fatores psicológicos como o controle, a percepção de si, a ansiedade e o desenvolvimento emocional de crianças e de adolescentes. Tal relação demanda uma investigação sistemática, especialmente quando se propõe construir conhecimentos que possam subsidiar uma prática de assistência.
As intervenções psicoterapêuticas baseadas na abordagem da Terapia Cognitiva Comportamental, apresentam significativos resultados com mudança de hábitos alimentares, pensamentos e escolhas funcionais.